Anéis
[Juliano Berko, 2011]
O céu é um só
Pra você ver como as coisas são:
A luz do dia também carrega escuridão
Pois, somente à noite se veem as estrelas
De nada valem as certezas sem diálogo e compreensão
[Juliano Berko, 2011]
O céu é um só
Pra você ver como as coisas são:
A luz do dia também carrega escuridão
Pois, somente à noite se veem as estrelas
De nada valem as certezas sem diálogo e compreensão
O pior cego é aquele que não quer ver
A pior trégua é da paz que viria a ser
A pior morte é a prisão pelo medo
Vão-se os anéis, ficam os dedos.
A gente existe, mas não existe perfeição
Há de ser a utopia o que nos guiará pelas mãos
Mesmo que o sonho não caiba no mundo
No horizonte há uma legenda de que um outro é possível!
Às vezes acordo à noite chamando um nome
Às vezes acordo à noite, mas todos dormem
Às vezes enfrento a noite, mas a noite é enorme
Às vezes enfrento a noite, mas a noite é mais forte
Sem saber o que fazer, como cheguei aqui
Qual erro não repetir, qual caminho seguir
A palavra certa a usar, com o que calçar meus pés
Pelo eterno caminhar.
Eu sou um só, não mereço consideração
Pois, ainda que a luz atravesse a escuridão infinita
Pode estar morto o mesmo corpo celeste
Mas a palavra escrita não vale mais que quem a escreve
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