História Social e Política da Tecnologia
[Juliano Berko, 2011]
Tudo começa quando se cerca a terra e a moça virgem
Era uma vez: Assim nasceu a viagem, nossa vertigem
E pra seguir andando, inventamos a roda
Inventamos a lei que pune o que incomoda
E seguimos falando, fingindo fazer sentido
Mas era tudo silêncio.
[Juliano Berko, 2011]
Tudo começa quando se cerca a terra e a moça virgem
Era uma vez: Assim nasceu a viagem, nossa vertigem
E pra seguir andando, inventamos a roda
Inventamos a lei que pune o que incomoda
E seguimos falando, fingindo fazer sentido
Mas era tudo silêncio.
Depois, veio o som quando o seguro morreu de velho
Pra cantar melhor, inventaram o chuveiro elétrico
Falava do rádio do meu bisavô no fim do corredor da casa escura
Agora tenho esta guitarra que é luz pra minha procura.
Por último, não por fim, estudo a vida contemporânea
Este mundo que vos engana não é espelho para mim
Pago a passagem e passo a catraca
Lembro do gado e da roleta russa
Mas, ao botar meus pés no chão,
Me vi refletido na lâmina de aço
Me perguntava o que ele sonhava
Dormindo no chão da rodoviária
E o sentido da marcha da vida
Quando despolitiza e vai dar em nada
Desviava o olhar da criança
Fingindo não ver que ali não há infância
A minha voz, fingia que não ouvia
Pra não reparar a pobre melodia
Esquivava o olhar de minhas linhas
Pra não lembrar que ali já não há poesia.
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